ILHA SOLTEIRA - SP, É QUASE UM PARAISO!!

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OS MEUS JARDINS E QUINTAIS EM MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA !! A Minha Amada, deitada eternamente em berço esplêndido; ao som do Rio Paraná e à luz deste céu profundo!! (Crédito da Foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=210844 )

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sábado, 23 de janeiro de 2010

A "CARTA" DO CACIQUE SEATTLE

A NOSSA CASA !!

". . . Boa terra, velha esfera, que nos leva aonde for. Pro futuro, quem nos dera, que te dessem mais valor." (´Música "Mês de maio" Almir Sater).


INICIANDO AQUI ATRAVÉS DESTA POSTAGEM, MAIS UM TÓPICO - MEIO AMBIENTE - NO BLOG.

ESTE TÓPICO COM O NOME - MEIO AMBIENTE - INICIA-SE TAMBÉM COMO UMA HOMENAGEM AO CACIQUE SEATTLE, LÍDER DOS ÍNDIOS DUWAMISH E SUQUAMISH. O CACIQUE SEATTLE, ASSIM COMO OS ÍNDIOS AMERICANOS POSSUÍAM UMA GRANDE AFINIDADE ESPIRITUAL COM A NATUREZA, E ERAM SURPRENDENTEMENTE CUIDADOSOS COM O BEM ESTAR AMBIENTAL. EMBORA A PALAVRA ECOLÓGICA SEJA UMA PALAVRA NOVA; A CONSCIÊNCIA DE ECOLOGIA DOS ÍNDIOS TRANSCENDE MUITAS ERAS DE EXISTÊNCIA DA VIDA NA TERRA

A "CARTA" DO CACIQUE SEATTLE

Em 1854, o presidente dos Estados Unidos – Franklin Pierce - propôs comprar uma grande área de terra dos índios peles-vermelhas, prometendo uma reserva para que nela eles pudessem viver. A resposta do Cacique Seattle é tida como uma profunda declaração de amor ao Meio Ambiente, brotada do coração puro e simples de um índio cheio de reconhecimento à Natureza por tudo de bom que ela dá ao homem.

Franklin Pierce

Os índios Duwamish habitavam a região onde atualmente se encontra o Estado de Washington - no extremo Noroeste dos Estados Unidos, fazendo divisa com o Canadá. E a famosa "carta" parece ter sido, na verdade, um texto publicado em um jornal local baseado na inspirada reflexão que o Cacique Seattle fez para sua tribo, reunida naquele deslumbrante cenário natural, sobre as relações do homem com a Natureza, em resposta à proposta presidencial, de compra de terra, trazida pessoalmente pelo recém-chegado encarregado de assuntos indígenas do governo norte-americano.

O primeiro registro conhecido sobre a fala do Cacique Seattle parece ser um artigo publicado pelo Dr. Henry Smith, no Jornal Seattle Sunday Star, em 1887. O Dr.Smith teria estado presente quando do pronunciamento do Grande Cacique, tendo o texto do artigo se baseado nas anotações que seu autor teria feito na ocasião do discurso.

A tradução do pronunciamento do Cacique Seatle, é de uma das mais famosas versões divulgadas durante a década de 70. A foto do Grande Cacique Seattle (1787-1866) é de autoria de E.M.Sammis: seu original encontra-se na “Special Collection” da Universidade de Washington, sob o nº NA 1511.

A única fotografia conhecida do Chefe Seattle, tirada em 1860 por E.M.Sammis
Chefe Seattle - (Nascido em 1787 — Faleceu em 7 de junho de 1866), foi líder das tribos Suquamish e Duwamish – por volta de 1810. Quando os colonos começaram a se mover para a área da baía de Elliott em 1850, Chefe Sealth ficou amigável para os recém-chegados e exortou o povo a fazer o mesmo. Uma personalidade muito conhecida entre seu povo, ele lutou por uma forma de acomodar os colonos brancos, criando uma relação pessoal com o Doutor David Swinson “Doc” Maynard, , um dos pais fundadores da cidade de Seattle – em Washington, que ganhou este nome em homenagem a ele; mas é dito que se sentia desconfortável com seu nome sendo usado dessa forma.

O pronunciamento do cacique Seattle

(Discurso pronunciado após a fala do encarregado de negócios indígenas do governo norte-americano haver dado a entender que desejava adquirir as terras de sua tribo Duwamish).

" O grande chefe de Washington mandou dizer que desejava comprar a nossa terra, o grande chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não precisa de nossa amizade.

Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O grande chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.

Minhas palavras são como as estrelas que nunca empalidecem.

Como podes comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.

O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o grande chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O grande chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, vamos considerar a tua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, porque esta terra é para nós sagrada.

Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo. O rumorejar d'água é a voz do pai de meu pai. Os rios são nossos irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora, deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra - e seu irmão - o céu - como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelha ou miçanga cintilante. Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento aos olhos do homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das assa de um inseto. Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende; o barulho parece apenas insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo? Sou um homem vermelho e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de uma lagoa e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.

O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido. Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro. E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.

Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que (nós - os índios) matamos apenas para o sustento de nossa vida.
FONTE FOTO: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=81


O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Porque tudo quanto acontece aos animais, logo acontece ao homem. Tudo está relacionado entre si.

Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados; para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra - fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.

De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias - eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmos uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nesta terra ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará, para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ser isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Vamos ver, de uma coisa sabemos que o homem branco venha, talvez, um dia descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que o podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra; mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual sua piedade para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida por ele, e causar dano à terra é cumular de desprezo o seu criador. Os brancos também vão acabar; talvez mais cedo do que todas as outras raças. Continuas poluindo a tua cama e hás de morrer uma noite, sufocado em teus próprios desejos.

Porém, ao perecerem, vocês brilharão com fulgor, abrasados, pela força de Deus que os trouxe a este país e, por algum desígnio especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será, quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas de odor de muita gente e a vista das velhas colinas empanada por fios que falam. Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado. Onde estará a águia? Irá acabar. Restará dar adeus à andorinha e à caça; será o fim da vida e o começo da luta para sobreviver.

Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã. Somos, porém, selvagens. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos, e por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometestes. Lá, talvez, possamos viver o nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas floresta e praias, porque nós a amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.

Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Preteje-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse: E com toda a tua força o teu poder e todo o teu coração - conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos. De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus, esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum. "

ÍNDIO NORTE AMERICANO




ARTESANATO INDÍGENA

DEUS CUIDARÁ DE QUEM CUIDAR DA TERRA !!

6 comentários:

Lusa Vilar disse...

Encantada com seu Blog, feliz coincidência, eu tenho um Blog chamado "Raízes do Coração". Voltarei mais vezes por aqui, suas postagens são maravilhosas, por isso coloquei um link no meu Blog.

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

temos de ter consciência dos desastres que estão acontecendo no mundo e mudar o comportamento. Isso é urgente se queremos sobreviver.
Beijo grande.

Anônimo disse...

Que blog mais lindo, parabéns, foi ao acaso, estava procurando mais detalhes da carta e me encantei com a musica, postagens ...abraços

Anônimo disse...

Que blog mais lindo, parabéns, foi ao acaso, estava procurando mais detalhes da carta e me encantei com a musica, postagens ...abraços

Anônimo disse...

VOLTEI PARA OUVIR MÚSICA...DÁ UMA PAZ!!!!!!!!!!!!! COMPARTILHEI COM MEUS AMIGOS NO FACE

Anônimo disse...

VOLTEI PARA OUVIR MÚSICA...MARAVILHOSAS ABRAÇOS