A Sumaúma
Araquém Alcântara
A foto é parte do Livro "Cabeça do Cachorro", páginas 88 e 89, autoria Araquém Alcântara e Dr. Drauzio Varellla. Ed. São Paulo: TERRABRASIL - 2008.
Da família Bombacaceae, a sumaumeira (Ceiba pentandra) é também conhecida como árvore-d a-seda, árvore-dalã, ceiba, paina-lisa. Espécie tropical, é um dos gigantes da floresta ombrófila da Amazônia. Encontrada nas matas de várzea e áreas periodicamente alagadas, apresenta raízes tabulares, as sapopemas, que podem atingir, dependendo da idade, comprimentos superiores a 7 metros. As flores têm pétalas brancas; o fruto, uma cápsula fusiforme com 10 centímetros de comprimento, provido de pequenas sementes envoltas por pêlos, ou painas. Na iminência de um temporal, o enorme tronco que armazena grandes quantidades de líquido dá uma descarga de água para as raízes - resultado da variação da pressão atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do movimento da água.
Um pouco de lenda
O barulhão da sumaúma acabou por render uma das mais difundidas histórias da Amazônia. Segundo a crença, o curupira é o responsável pelos estrondos na mata. Armado com um casco de jabuti, ele bate com força nas sapopemas a fim de verificar se estão fortes para resistir às tempestades.
Para os índios ticuna, a sumaúma nos remete à formação da Amazônia. Diz seu Livro das Árvores: No princípio, estava tudo escuro, sempre frio e sempre noite. Uma enorme sumaumeira, wotchine, fechava o mundo, e por isso não entrava claridade na terra. Quando a árvore caiu, a luz apareceu. Do tronco da sumaumeira caída formou-se o Rio Amazonas. De seus galhos surgiram outros rios e igarapés.
Da imaginação para a realidade, o que é certo é que a seu redor realizam-se rituais de fertilidade, fartura, prosperidade e assembleias gerais, onde se discutem os interesses da tribo. É a árvore da troca, das crenças, da vida. Um monumento da natureza.
Para os índios ticuna, a sumaúma nos remete à formação da Amazônia. Diz seu Livro das Árvores: No princípio, estava tudo escuro, sempre frio e sempre noite. Uma enorme sumaumeira, wotchine, fechava o mundo, e por isso não entrava claridade na terra. Quando a árvore caiu, a luz apareceu. Do tronco da sumaumeira caída formou-se o Rio Amazonas. De seus galhos surgiram outros rios e igarapés.
Da imaginação para a realidade, o que é certo é que a seu redor realizam-se rituais de fertilidade, fartura, prosperidade e assembleias gerais, onde se discutem os interesses da tribo. É a árvore da troca, das crenças, da vida. Um monumento da natureza.
Heitor e Silvia Reali
http://www.almanaquebrasil.com.br/Video diário sobre a Sumaúma Vovó da Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Entrevista com o guia ecológico, Seu Walter, da comunidade de Maguari, que conta sobre a importância dessa árvore de mil anos.
(Para assistir ao vídeo, clic em II Pause na Rádio acima ao início do blog)
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Fonte do Vídeo:
http://www.youtube.com/user/CanalOEco/videos
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