ILHA SOLTEIRA - SP, É QUASE UM PARAISO!!

ILHA  SOLTEIRA - SP,  É QUASE UM PARAISO!!
OS MEUS JARDINS E QUINTAIS EM MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA !! A Minha Amada, deitada eternamente em berço esplêndido; ao som do Rio Paraná e à luz deste céu profundo!! (Crédito da Foto: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=210844 )

CORAÇÃO CIVIL

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

19 DE NOVEMBRO. MEU ANIVERSÁRIO!!

Hoje é o Meu Aniversário!!

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51 ANOS!!

Algumas reflexões.


O Meu Aniversário

É sempre muito bom poder completar mais um ano de vida e fazer aniversário: 51 Anos!!

As lembranças são diversas. O pensamento voa de uma a outra lembrança, recordações, saudades; e muitas passagens na vida já não povoam mais a memória, a consciência e a essência do Meu Ser. Vez ou outra, várias recordações de fatos importantes, ou fatos também não tão importantes; porém vividos, retornam em lampejos de luz à minha memória...

É muito bom viver. A vida é uma dádiva de DEUS.

Se necessário fosse eu viveria, ou, se permitido for; eu viverei tudo novamente da forma em que vivi todos estes 51 anos de vida. Sem tirar e nem acrescentar. Há algo em meu íntimo Ser, que desde a minha infância me diz, que tudo o que seria para viver, e o que está sendo vivido em mim; foi por mim escolhido para viver, antes de nascer neste mundo, neste plano terrestre. Sinto neste pensar e agir, em toda essa vivência, um sentido forte de espiritualidade. É a mesma chama que ilumina a minha essência, a voz em meu íntimo Ser, que conversamos diariamente longos diálogos, com o Anjo que me acompanha, me guarda e protege.

Assim como percebo os pecados diários que cometo, percebo também que sou útil a vida, ao mundo e a DEUS. Por diversas vezes na vida, existiram revoluções em mim. Estas revoluções manifestadas em percepções sensoriais da alma (dos movimentos vitais; força vital, princípio sensitivo e intelectual, vida), e do espírito (princípio animador ou vital que dá vida aos organismos físicos); e em percepções nas manifestações da natureza que me cerca; e ainda também nas visões comuns nos períodos em que as revoluções se manifestaram; entendi os chamados. Sempre foi necessário atender aos chamados e cumprir as missões, ser útil à vida onde quer que seja; e da forma que for imprescindível para cumprir. Mas, mesmo que alguma parte em mim, relutasse; eu sempre recordava de São Mateus: "O espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca". Mesmo que ao princípio sempre foi impossível saber qual seria o motivo dos chamamentos, nunca foi possível negar. Assim, sempre pedi a DEUS: “Senhor, coloque-me onde seja necessário viver e agir para ser um instrumento da Vossa Obra e do Vosso Amor, para que eu possa ser útil à vida e aos teus filhos”. A última missão cumprida foi em Porto Primavera – SP; meados de 1999 ao início de 2003. Durante esse tempo, DEUS construiu em mim todas as formas necessárias, o agir, o pensar, o falar; enfim, todos os caminhos para edificar as ações em defesa da vida e da dignidade para milhares de trabalhadores. Mesmo que, os embates, fossem vistos pelos trabalhadores mais humildes como loucura ou perigo a ser enfrentado e vivido, eu não agia por mim; estava sendo guiado. Tudo ocorreu e transcorreu de forma natural no cumprimento do que era para ser – A proteção e promoção à vida e dignidade de trabalhadores da construção civil pesada. Aos que viveram e vivenciaram estes momentos, creio que entenderam.

Há fatos interessantes na vida de cada pessoa. Busco sempre rememorar os primeiros tempos em minha infância. As lembranças mais remotas de minha infância são os tempos vividos em Vila Piloto – um distrito da Cidade de Três Lagoas – MS; onde morei com meus pais e irmãos desde 1962 a 1968. Vila Piloto foi construída para abrigar os trabalhadores durante a construção da Hidrelétrica de Jupiá, na divisa entre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Lembro as primeiras descobertas dos arredores da Rua 26 onde moramos, e que aos poucos fui descobrindo; naquela época. Doces lembranças sempre estão presentes em mim. Como exemplo, os tempos em que bem ao princípio das manhãs, durante certo tempo, eu aguardava sentado ao portão do zoológico; os funcionários chegarem para abrirem o recinto, e a primeira tarefa era ajudar os funcionários a darem a primeira alimentação aos animais e aves naquele zoológico. O que mais me gratificava era ser reconhecido pelos animais, os quais eu conhecia um a um por seus nomes, apelidados pelos funcionários. Após conversas tecidas com os animais e aves durante certas horas, as quais eu sempre finalizava com afagos; ao voltar para casa, a tarefa era colher frutas da densa floresta de cerrado naquele zoológico. Não há lembrança melhor do que ainda sentir o cheiro e o sabor de tantas frutas com as quais eu deliciosamente me impregnava: jatobá, seriguela, gabiroba, araticum, mangaba, pitomba, cagaita, macaúba, ingá; entre tantas outras frutas, as quais eu comia três a quatro de cada tipo, cuidando para não chegar ao meu lar com nenhuma fruta; além de ter uma torneira preferida pelo caminho para retirar a lambuzeira das mãos, rosto e dentes; para que não fosse descoberto por meus pais, que eu havia andado pelos matos!!

Durante este tempo nunca fui um moleque de estilingue; mas sim, muito ligado a varas de pesca!! E já que também não podia voltar para o meu lar com os peixes pescados no Rio Paraná, eu me contentava em soltar após pescá-los; ou então, doava aos amigos que me acompanhavam entre os meus seis aos oito anos, nas aventuras a beira do grande rio – o Paraná. Estas lembranças me fazem refletir sobre os perigos nesta idade, em andar a beira do rio e em matas quase intocadas, cruzando várias vezes com queixadas, lobos-guará e enormes sucurís (em média com 8 metros de comprimento). Desde criança, sempre tive muito respeito pelos ambientes de florestas e matas por onde andei. Desde criança, antes de entrar nas matas, florestas e rios, tenho por hábito pedir licença aos seres que habitam tais ambientes. Também, precedidas as entradas e saídas nestes locais, sempre havia as orações ao meu Anjo da guarda, a Jesus e a Deus.

No ano de 1968 a nossa família mudou-se para Ilha Solteira – SP. Outra cidade planejada (assim como a Vila Piloto), para os moradores construtores da nova hidrelétrica; também no Rio Paraná. Para completar a nossa família que já era formada por meus pais João e Ivone; eu e meus irmãos Airton, Mário, Eduardo; nasceram na Ilha o Alessandro e o Emerson. Assim como a minha família, Ilha Solteira é uma referência muito forte em minha vida. O lar de meus pais sempre foi muito cheio de amor e carinho. A nossa família sempre foi muito abençoada por DEUS. As lembranças de maior ternura que guardo de meu pai e de minha mãe são os seus ensinamentos que recebemos no lar.

Novamente, em Ilha Solteira, o restante da minha infância e o período de minha adolescência foram traçados e vividos pelos compassos traçados por DEUS e por meus pais. Imperavam em minha vivência muita natureza daquela cidade – as matas e barrancas do Rio Paraná, os meus quintais e jardins, o convívio com os amigos de mossa família, os vizinhos, enfim, o entrosamento muito comum com o povo em suas variadas classes sociais e culturais. Pude ter também uma vida escolar muito ativa no CIU – Colégio Integrado de Urubupungá; onde no que eu mais era imbuído e me destacava, era no currículo em Educação Física, onde se podia escolher qual tipo de esportes poderia aprender durante um ano todo, ou em vários anos, num universo de várias modalidades esportivas, tais como: handebol, basket, atletismo, futsal, natação, voleibol, ginástica de solo, futebol, entre outros esportes; onde me senti glorioso em poder chegar a ser por algumas semanas um reserva da seleção de voleibol. Todas as disciplinas de Educação Física eram ministradas por grandes mestres. Igualmente eram grandes mestres os professores de várias outras disciplinas obrigatórias (nas quais confesso não ter sido sempre tão bom: Matemática, português, OSPB, Geografia, Ciências...), ou disciplinas complementares, nas quais eu me destaquei também em algumas: Práticas Agrícolas; Práticas Comerciais; História; Artes Plásticas; Educação em Enfermagem; Inglês; Artes Industriais; e Integração Social – que compreendia artes, dança e música, que incluía em suas variantes os aprendizados teóricos e práticos. A disciplina de Integração Social marcou definitivamente a minha vida, além dos aprendizados, foi também pela forma humana em que eram ministrados os conteúdos pela Professora Rachel Alice Ehrenberg Dossi, que foi para mim e para tantos alunos; sendo também para Ilha Solteira a maior referência em Educação e Cultura. A saudosa Professora Rachel sempre foi a minha professora mais querida!!

Outros aprendizados e participações em minha adolescência em Ilha Solteira, foram imprescindíveis em forjarem o meu caráter. Dois foram muitos especiais: a participação no Grupo Escoteiro de Urubupungá – quando foi dirigido pelo Chefe Escoteiro Benedito Messias Cintra; e a participação na Fanfarra do Colégio CIU tendo por dirigente o Professor Vanderlei Fonoff. Também, os diversos eventos ocorridos em épocas de festejos, de aniversário da cidade (em especial os Festivais de MPB); ou ainda em comemoração nas principais datas em efemérides; onde variados nomes e representações artísticas e culturais, dentre outras instituições; passaram por Ilha Solteira. Lembro-me de quando a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do Rio de Janeiro fez o seu desfile nas avenidas da Ilha, onde aproveitei e me enfiei no meio da ala das baianas. Lembro-me também do show de Gilberto Gil, que passou cerca de uma semana em nossa cidade, e acabei me enturmando com ele e sua banda, em suas permanências na piscina do Clube SEIS – Sociedade Esportiva de Ilha Solteira; onde tecíamos longas conversas naquelas tardes, em que Gil, foi ali para a garotada bem mais que um astro da MPB; pois, foi também um professor sobre os ensinamentos dos contextos da nossa música popular, da música das Américas; e em especial do cenário cultural e político em que vivíamos naqueles tempos no Brasil e no mundo – os anos 70.

Deixando um pouco o passado (que em outras ocasiões em épocas de meus aniversários voltarei a lembrar), voltando ao momento atual; Cidade Gaúcha também é um presente em minha vida. Aqui pude viver e aprender muito. O povo me ajudou a viver e a aprender ser ainda mais fraterno e solidário. Os trabalhos sociais de voluntariado, de doação, a filantropia em aprendizados e exercidas em outras cidades; aqui se tornaram mais fortes. Creio que se fez assim esta razão de eu ter chegado por aqui em 1991 e permanecer durante esses vinte anos nesta cidade. Lapidando-me, construindo família, amigos e relacionamentos sociais importantes. Assim, sinto que mais do que me doei, eu recebi. A valorização e o reconhecimento dados a mim pelo povo, como um cidadão útil a esta comunidade, é o que mais me gratifica e dignifica. Compreendo que os meus trabalhos sociais em dezenas de conselhos me concederam aprendizados sociais infinitos; iniciado em 1993 no Conselho de Prevenção e Combate a AIDS; seguindo pelo Conselho Tutelar; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; passando por tantos outros e atualmente na terceira participação no Conselho de Saúde.

O aprendizado maior é reconhecer que sempre é tempo de se doar para a construção de uma sociedade solidária e fraterna. A construção do Bem Comum. Agradeço a DEUS por tanta evolução.

Assim, agradeço a DEUS, aos meus pais, aos meus familiares, aos meus amigos:

- Obrigado por existirem, serem como são e por fazerem parte de minha vida!!

Obrigado Senhor DEUS por ter me concedido a vida. Louvado seja Deus nosso Senhor. Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.

Algumas fotografias:



Piraju - SP. A minha cidade natal.

Meus Pais e Meus Irmãos em frente a casa de meus avós paternos, em Piraju - SP. Eu estou ao lado direito da foto - Meus nove anos

Meus 15 anos. Em frente ao CIU - Colégio Integrado de Urubupungá - Ilha Solteira - SP.

Vila Piloto - Distrito de Três Lagoas - MS.

Vista aérea de Vila Piloto. No lado direito superior da foto, destaca-se as matas do antigo zoológico, o qual eu frequentava quando era criança.

Vista aérea da Cidade de Três Lagoas. Vila Piloto ao centro e próximo ao Rio Paraná, os meus jardins e quintais em meu tempo de criança.

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=11203735

Vista aérea da margem esquerda da represa da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira - SP. Ao centro na parte inferior da foto, destacam-se as Praias Marina e Catarina. Jardins de minha adolescência.



Vista aérea da Ilha Solteira ao centro da foto, na jusante (abaixo), da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira; e o lago da represa da Usina. Os meus quintais e jardins em minha infância e adolescência.

Orando com o meu Rio Paraná

Em meus 31 anos. Também época em que cheguei em Cidade Gaúcha - PR.


Na Praça em Cidade Gaúcha, ouvindo uma canção de ninar cantada pela Sara.


Cantando a canção "Um Índio" acompanhado pela Banda Condor - Festival de Calouros - Cidade Gaúcha.

Em Piraju - SP, com Maria ao lado do Rio Paranapanema.

Em Piraju, com Maria.

Folha de São Paulo. Um sonho!!

Jéssica, Michelle, Janaína e Vinícius. Praça da Integração - Ilha Solteira - 1984.

Michelle, Jéssica, Vínicius, Janaína e eu. Praça da Integração - Ilha Solteira - 1985.

A Minha Mãe e o Meu Saudoso Pai. Em Nosso Lar, Junho de 1986.


8 comentários:

RAÍZES disse...

"O aprendizado maior é reconhecer que sempre é tempo de se doar para a construção de uma sociedade solidaria e fraterna. A construção do Bem Comum. Agradeço a DEUS por tanta evolução."

Meu prezado Val Minillo,

Li toda a retrospectiva que você fez do seu caminhar nesta vida terrena.
Destaquei este trecho que finaliza suas palavras, porque entendi que realmente ele traduz a sua personalidae, cujo traço você vem deixando explícito em cada uma das suas postagens.
Que Deus lhe abençoe em todos os dias da sua vida, e que neste dia, dia especial, dia do seu aniversário, que Ele derrame suas graças sobre sua cabeça, iluminando-o a postar as maravilhas que tenho lido por aqui.
ParAbéns, muitas felicidades, não só pelo aniversário, mas pela pessoa que você é. Uma pessoa que se preocupa, se empenha e se desdobra no sentido de melhorar o mundo em que vivemos.

Um abraço fraterno da sua amiga virtual,

Lusa Piancó Vilar

Anônimo disse...

Muchas gracias por escribir esto, se unbelieveably informativo y me dijo que una tonelada

Anônimo disse...

hola, Chicos, He querido publicar algo como esto en mi sitio web y esto me dio una idea. Saludos.

Pedro R. Silva disse...

Que gostoso de ler, voltei ao meu passado, infância vivida em Vila Piloto e adolescência em Ilha Solteira. Saudades da minha Viela 601 B, Passeio Icaraí em 1969 e 1970. Estudei no CIU que naqueles tempos ainda era o G.U., Ginásio Urubupungá. Passeios no bosque, no Cine Brasil. Aos domingos íamos ao canteiro de obras para ver a colossal construção da hidrelétrica. Muitas e saudosas recordações.

Pedro R. Silva disse...

Que gostoso de ler, voltei ao meu passado, infância vivida em Vila Piloto e adolescência em Ilha Solteira. Saudades da minha Viela 601 B, Passeio Icaraí em 1969 e 1970. Estudei no CIU que naqueles tempos ainda era o G.U., Ginásio Urubupungá. Passeios no bosque, no Cine Brasil. Aos domingos íamos ao canteiro de obras para ver a colossal construção da hidrelétrica. Muitas e saudosas recordações.

Mário Marcio disse...

Moro na vila piloto, e sempre estou buscando registros da vila piloto antiga (décadas de 60 e 70) pois, tenho interesse por essa história.

Anônimo disse...

Adoro ler tudo que você escreve, Val. Perfeito!

Unknown disse...

Perfeito!