PRÉ - ESCOLA MUNICIPAL PEQUENO PRÍNCIPE:
No evento da inauguração desta Escola, estiveram presentes os Três Poderes Públicos e também o Secretário de Estado da Educação - Maurício Requião, e centenas de pais, mães, lideranças e membros da população de nossa Cidade. Naquele momento, todos realizavam um sonho, o qual foi construído ao longo de muitos anos...
Com muito orgulho, presteza e dedicação, ao longo dos anos, trabalhei em dezenas e dezenas de promoções para angariar recursos em prol desta nossa Escola.
Um dos dias mais felizes em minha vida nesta cidade, foi numa comemoração de sete de setembro - Dia da Independência do Brasil; poder desfilar pela Av. Comendador Gentil Geraldi, portando a Bandeira da Escola Pequeno Príncipe...
No evento da inauguração desta Escola, estiveram presentes os Três Poderes Públicos e também o Secretário de Estado da Educação - Maurício Requião, e centenas de pais, mães, lideranças e membros da população de nossa Cidade. Naquele momento, todos realizavam um sonho, o qual foi construído ao longo de muitos anos...
Com muito orgulho, presteza e dedicação, ao longo dos anos, trabalhei em dezenas e dezenas de promoções para angariar recursos em prol desta nossa Escola.
Um dos dias mais felizes em minha vida nesta cidade, foi numa comemoração de sete de setembro - Dia da Independência do Brasil; poder desfilar pela Av. Comendador Gentil Geraldi, portando a Bandeira da Escola Pequeno Príncipe...
As duas árvores frutíferas, as mangueiras, eram patrimônios da Escola Pequeno Príncipe. Desde 1996 esta Escola foi construída de forma planejada, e estas árvores foram cuidadosamente mantidas durante a construção desta Escola, porque eram necessárias e foram extremamentes úteis ao meio ambiente escolar e em especial às nossas crianças.
Estou em orações... Muito triste... envergonhado, da forma como estão fazendo, demonstrando e imprimindo na consciência das nossas crianças já em sua infância, em seus primeiros anos escolares; as formas de terrorismo, de como é que se tratam as nossas árvores públicas. O que estão fazendo com as nossas árvores, é exatamente a mesma coisa e os mesmos fatos, que as pessoas fizeram com o Cristo no passado: SACRIFICARAM...
Desafio alguém, quem quer que seja, me provar, que era necessário fazer o que fizeram com estas duas árvores. Ontem, atendi telefonemas de pessoas que chorando, me reclamavam sobre o corte destas duas ÁRVORES DO PORTÃO DE ENTRADA DESTE LAR ESCOLAR.
Ficam as perguntas mais tristes:
O que é que está se passando na consciência de nossas crianças, que assistiram ao sacrifício e irão assistir a retirada dos restos das árvores; e que também já não irão ter a sombra destas árvores durante os recreios escolar ?!
O que é que irão pensar os alunos e alunas, que hoje já estão cursando o ensino médio, e que um dia já estudaram nesta Escola?!
O que é que irão pensar todas as pessoas que já exerceram trabalhos e ofícios nesta Instituição; pessoas que idealizaram esta Escola, que de forma tão sonhada, planejada, foi construída realizando o sonho de pais, mães, e de milhares de crianças em todos estes anos??
ESTÁ DIFÍCIL ENTENDER A ATITUDE DO SER HUMANO. AINDA MAIS, QUANDO ISSO ESTÁ SENDO PRATICADO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. ...
O QUE É NECESSÁRIO FAZER, PARA QUE ISSO ACABE?! ...
" Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
" Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos."
" Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez tua rosa tão importante."
" É o espírito que conduz o mundo e não a inteligência."
As frases acima são de Antoine de Saint-Exupéry - O Autor do Livro - O Pequeno Príncipe - O mesmo nome da nossa Pré - Escola Municipal.
O Pequeno Príncipe, foi também o primeiro livro que eu li ...
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Hoje, quarta-feira, 12 de maio de 2010 - às 07 horas e 20 minutos:
Na manhã deste dia, quando realizei este registro fotográfico; quatro alunos ao redor da árvore esquartejada, observavam a árvore e conversavam entre eles:
... - E agora, cortaram a árve?
- Ah!! Agora não tem mais manga!!
- É! Também a gente não vais escorregá, entortou tudo nosso ferro de escorregá...
- Ah... mais dá para escorregá no outro ferro!!
- Dá não, num cabe tudo nóis...
A conversa foi interrompida por uma funcionária, que chegou ao local e pediu aos alunos:
- Meninos, vamos para lá. Não pode ficar aqui, tá perigoso se machucar...
Neste momento, chegou um ônibus do transporte escolar de alunos; e alguém disse:
- Acabaram com tudo...
Outras alunas descendo do ônibus me disseram:
-Ô Tio, porque cortaram o nosso pé de manga ?
Também neste momento, notei uma professora em frente ao portão olhando as árvores cortadas, engolindo um nó na garganta e os olhos molhados, esforçando-se para conter as lágrimas. Então eu disse a ela
- Mataram mais duas árvores...
Me afastei seguindo rumo ao meu trabalho, orando. Não foi possível orar nesta manhã. As palavras, os pensamentos não estavam em conexão com a minha Consciência, com a minha Essência, com a Minha Alma e com o Meu Espírito...
Durante a tarde os fatos do crime se consumaram. As árvores foram totalmente cortadas e exterminadas, estão mortas.
- Mataram mais duas árvores...
Me afastei seguindo rumo ao meu trabalho, orando. Não foi possível orar nesta manhã. As palavras, os pensamentos não estavam em conexão com a minha Consciência, com a minha Essência, com a Minha Alma e com o Meu Espírito...
Durante a tarde os fatos do crime se consumaram. As árvores foram totalmente cortadas e exterminadas, estão mortas.
E ainda tem o prejuizo ocorrido nos corrimãos da entrada da Escola, para serem recuperados. Dinheiro público a ser jogado fora, a não ser que (Fica aqui a sugestão) peçam para fazerem os reparos de forma como doação e colaboração para com a Escola... pois, dinheiro público, provido pelos cofres da Município, ou angariado em promoções e doações; tornam-se também públicos, quando, são incorporados ao patrimônio escolar.
É importante salientar, que, os crimes ambientais não prescrevem. Os crimes estão evidenciados, materializados; as provas são notórias e concretas. Cabe agora as devidas apurações necessárias, para as apreciações pela Justiça. A mim foi dito por parte da chefia do Poder Executivo - Prefeitura Municipal - que, após o recebimento da Notificação expedida pelo Ministério Público, na quinta-feira passada - dia 06 de maio - a Prefeitura proibiu o corte e podas de árvores no município, a não ser, A NÃO SER, que somente em casos de extrema emergência, serão autorizados os cortes e ou podas de árvores.
Estaremos acompanhando todas as fases. A todos os cidadãos e cidadãs que queiram somarem-se contra estes crimes, serão todos muito bem vindos nesta causa.
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Quinta-feira, 13 de maio de 2010 - 17 horas e 15 minutos:
Estive na Escola Municipal Pequeno Príncipe, para um diálogo com a Diretora, a respeito dos fatos sobre o corte das árvores mangueiras.
Expliquei a ela, que em 12 de maio, protocolei um Requerimento na Secretaria Municipal de Educação para obter informações a respeito do corte das árvores. Perguntei a Diretora se há uma autorização formalizada para o corte das árvores. A Diretora disse que não possui autorização; mas foi autorizada de forma verbal; e que, há muito tempo já falou para a pessoa responsável que autoriza o corte de árvores; e também o Departamento de Educação estava ciente do corte das árvores, e que não há problemas em cortar árvores dentro de prédio público; e que também a escola tem um projeto ambiental para plantar bastante árvores; que as árvores cortadas ofereciam riscos, que já caiu galhos, que vai construir passarela na entrada da escola...
Expliquei a Diretora, que desde a semana passada a Promotoria de Justiça oficiou ao Prefeito Municipal sobre os fatos relacionados as árvores de nossa cidade; e que por telefonemas os representantes do Poder Executivo me explicaram, que desde a semana passada os cortes e as podas estão proibidos e suspensos; a não ser em caso de urgências. Expliquei também, que sem autorização, não é permitido cortar ou podar árvores mesmo em prédios públicos; bem como, em certos casos, é também proibido cortar árvores em interiores de propriedades residenciais; pois, estas determinações e disposições estão previstas em nosso Código de Posturas Municipal.
Perguntei se o projeto ambiental está formalizado e aprovado pela Secretaria de Educação e pelo Poder Executivo. A Diretora respondeu que não tem nada no papel, e que ainda está elaborando o projeto. Expliquei a ela, que, para construir a passarela, não seria necessário cortar as árvores; pois, a altura dos galhos ficariam bem acima do teto da cobertura das passarelas, e tenho os registros fotográficos que comprovam; considerando também, que o local possui inclinação, comprovando assim que a passarela ficaria bem abaixo das árvores.
Perguntei se o engenheiro civil da Prefeitura Municipal foi consultado a respeito da construção da passarela. A diretora expôs que não. Ao final, tentei ainda explicar, que as autorizações para o corte de árvores não dependem só de decisões ditas de forma verbal; pois as árvores são públicas, possuem a sua história, já existiam aqui quando a escola foi contruída, e foram mantidas até esta semana. Expliquei também, que, o Prefeito após ter sido oficiado pelo representante do Ministério Público para providências quanto aos cuidados necessários para com as nossas árvores; o prefeito tomou as medidas exemplares e corretas, suspendendo o corte e podas de árvores. A Pedagoga, presente no momento do diálogo, interferiu, e expôs opinião dizendo que não concorda e não aprova a medida tomada pelo Promotor de Justiça; e que o mesmo deveria era ir cuidar melhor de outras coisas e não de árvores, e que o Promotor não tem que se preocupar com árvores. Expliquei a esta senhora que ela deve ter respeito com o Ministério Público; pois, é exemplar em tudo o que faz; e é dever também deste Órgão zelar pela proteção e defesa ao meio ambiente. A Pedagoga reafirmou, que, Promotor deve cuidar é de gente e não de árvores.
Ao final, sem concordarem com o meu ponto de vista, e com as minhas explicações; tanto a Diretora, quanto a Pedagoga disseram-me, que eu é que estou errado, e que o prefeito e o vice prefeito também estão errados; pois se eles proibiram o corte das árvores deveriam ter comunicado isso para a Secretária de Educação e ela deveria ter comunicado a nós; nós não temos culpa se não sabemos, e se ninguém nos avisou, se está ou não proibido cortar árvores. Eles todos estão errados. Não somos nós da escola que erramos. Vai e fala isso para eles.
Ao final, expliquei para a Diretora e para a Pedagoga, que elas é quem deveriam dizer isso para a própria Secretária de Educação; e também, que elas precisam conhecer melhor as leis, procurem ao menos ler e entender o Código de Postura Municipal, ler onde está disposto sobre ás arborizações, sobre a flora; para compreenderem onde estão os erros e não começarem a impor a culpa em seus superiores hierárquicos. Creio e sei que nem o prefeito, nem o vice prefeito nem tampouco a secretária de educação não tem culpas sobre os fatos. Os índios não precisam de leis escritas; pois cumprem as regras em suas sociedades, conforme as suas tradições; nós os homens e mulheres escrevemos as leis, fixamos-as no papel, não cumprimos, e necessitamos da Justiça para nos regrar em nossa sociedade.
A partir desse diálogo com a Diretora e com a Pedagoga, começo a entender as formas e atitudes antagônicas que motivaram o corte e o extermínio das mangueiras de nossa Pré - Escola...
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Apenas em um mês, 28 árvores foram sacrificadas em nossa Cidade Gaúcha...
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